Já passou da hora de um choque definitivo pra acabar com esse problema
Os emaranhados de fios nos postes das cidades são um problema estético e de segurança, pois eles causam poluição visual e riscos de acidentes como curtos-circuitos e choques elétricos. A falta de manutenção e a proliferação desses fios sem uso contribuem para o caos, exigindo soluções rápidas e a responsabilização das empresas.
De fato, esse é um problema que se repete em inúmeras cidades brasileiras. A fiação nos postes de energia, que deveria ser organizada e segura, acaba se transformando em verdadeiros “emaranhados” de cabos, principalmente devido às operadoras de telefonia e de internet. Muitas vezes, fios antigos e desativados não são retirados, acumulando-se com os novos cabeamentos e criando um cenário de poluição visual, além de riscos à segurança.
Esse excesso de fios pode causar perigo à população, pois cabos soltos podem cair, provocar acidentes ou até choques elétricos. Essa confusão de cabos facilita falhas na rede e dificulta a manutenção, além de prejudicar a paisagem urbana, principalmente em áreas centrais e turísticas, como é o caso das nossas cidades aqui do litoral catarinense.
Algumas dessas cidades já firmaram parcerias entre prefeitura, concessionária de energia e operadoras para obrigar a retirada dos cabos obsoletos e organizar a fiação. Em certos locais, discute-se também a substituição gradual por redes subterrâneas, solução mais cara, mas muito mais eficiente e limpa. Em Balneário Camboriú, por exemplo, a prefeitura já se movimentou e vem retirando toneladas de fios obsoletos há um bom tempo. Mas nas demais cidades os administradores ainda relutam em fazer a retirada, alguns, inclusive, esquecendo que a fiação desordenada é um problema urbano que exige solução rápida.
Esse problema não é apenas por aqui. Quem caminha pelas ruas das cidades brasileiras já se acostumou a ver um cenário que deveria causar estranhamento. Em praticamente todos os estados são postes e mais postes de energia carregados de verdadeiros emaranhados de fios. Além da poluição visual, essa desorganização representa riscos à segurança da população e gera prejuízos à qualidade dos serviços.
Grande parte desses cabos está desativada, mas nunca foi retirada, e acabam ficando sobreposta por novas instalações ao longo do tempo. O resultado é um acúmulo descontrolado, que compromete a estética urbana, dificulta a manutenção técnica e, em muitos casos, expõe a população a perigos, já que fios soltos podem cair e causar acidentes.
Algumas cidades têm buscado soluções em conjunto com as concessionárias de energia e as operadoras, exigindo a retirada de cabos que já estão sem uso e a padronização das instalações. Outra alternativa em discussão, é a implantação de redes subterrâneas, que são mais caras, mas capazes de eliminar definitivamente o problema, além de modernizar a infraestrutura urbana. Mas isso ainda vai levar um bom tempo até que se consiga “enterrar” a fiação.
A organização dessa fiação não é apenas uma questão estética, mas de segurança, eficiência e respeito ao cidadão. É preciso que as operadoras, as concessionárias e o poder público atuem de forma conjunta e responsável para devolver às cidades um espaço urbano mais limpo, seguro e moderno. Fica o alerta aos senhores prefeitos das cidades da Costa Esmeralda e Costa Verde & Mar. Especificamente. E com urgência urgentíssima.
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Da Redação – Folha do Estado de SC