Em meio às controvérsias políticas pelas quais o país vem passando, comemora-se o 7 de Setembro
A Independência do Brasil foi o processo histórico de separação entre o então Reino do Brasil e o Reino de Portugal e Algarves, que ocorreu no período de 1821 a 1825, colocando em violenta oposição as duas partes (pessoas a favor e contra). Oficialmente, a data comemorada para independência do Brasil é de 7 de setembro de 1822, ocasião em que ocorreu o evento conhecido como o Grito do Ipiranga, às margens do riacho Ipiranga na cidade de São Paulo. Em 12 de outubro de 1822, o príncipe foi aclamado Pedro I, Imperador do Brasil, sendo coroado e consagrado em 1º de dezembro de 1822, e o país passou a ser conhecido como o Império do Brasil.
Em 1807, o exército francês invadiu o Reino de Portugal, que se recusava a participar do bloqueio continental contra o Reino Unido. Incapaz de resistir ao ataque, a família real e o governo português fugiram para o Brasil, que era então a mais rica e desenvolvida das colônias portuguesas. A instalação da Casa da Suplicação e de outros órgãos públicos do governo da metrópole portuguesa no Rio de Janeiro representou uma série de transformações políticas, econômicas e sociais que levaram à decisão do Príncipe Regente João Maria de Bragança (futuro Rei João VI de Portugal), em 16 de dezembro de 1815, de elevar o Brasil à condição de reino, unido com sua então metrópole. As Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, instaladas em 1820, como consequência da Revolução Liberal do Porto, tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como objetivo reduzir a autonomia adquirida pelo Brasil, o que na prática o faria retornar ao seu antigo estatuto colonial. Em 1820, a revolução liberal eclodiu em Portugal e a família real foi forçada a retornar a Lisboa. Antes de deixar o Brasil, no entanto, o agora Rei João VI nomeou o seu filho mais velho, Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil (1821). Embora Pedro fosse fiel ao pai, a vontade das cortes portuguesas em repatriá-lo (incluindo rebaixar Pedro de príncipe regente para governador-de-armas, ou seja, um mero comandante militar do Exército reinol, não ocupando mais nenhum cargo político) e de retornar o Brasil ao seu antigo estatuto colonial o levou a rebelar-se.

Durante a guerra de independência – iniciada com a expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco em 1821 – formou-se o Exército Brasileiro, a partir da contratação de mercenários, alistamento de civis e de algumas tropas coloniais portuguesas. O exército imediatamente se opôs às forças portuguesas, que controlavam algumas partes da nação, a saber, nas então províncias Cisplatina (atual Uruguai), da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Grão-Pará. Recorde-se que a maior parte da oficialidade das tropas brasileiras era de origem portuguesa. Ao mesmo tempo que o conflito tomava lugar, ocorreu em Pernambuco e outras províncias da atual região Nordeste um movimento revolucionário conhecido como a Confederação do Equador, que pretendia formar seu próprio país, com governo republicano, mas foi duramente reprimido pelas tropas que recebiam ordens do monarca que vivia no centro-sul.
O número de combatentes na guerra de independência brasileira foi maior do que o número de combatentes nas batalhas ocorridas nas guerras de libertação da América Espanhola, da mesma época. Apesar disto, não há estatísticas confiáveis em relação à precisão do número de mortes em combate. A soma das oficialmente confirmadas com as inferidas pelas informações sobre os confrontos ocorridos (porém sem registros oficiais da época) dão a estimativa que a guerra de independência brasileira tenha custado entre 2.000 e 3.000 mortos. Depois de quatro anos de conflito, Portugal finalmente reconheceu a independência do Brasil, e em 29 de agosto de 1825 foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal. Em troca do reconhecimento como estado soberano, o Brasil se comprometeu a pagar ao Reino de Portugal uma indenização substancial e assinar um tratado de comércio com o Reino Unido como indenização por sua mediação.
Feriado de 07 de setembro
O 7 de Setembro é um dia extremamente importante para a nossa história. A memória coletiva em nosso país consolidou essa data como o dia em que d. Pedro realizou o grito da nossa independência, sendo esse acontecimento um marco de fundação de nosso país. Apesar disso, os historiadores atualmente não têm certeza se d. Pedro realizou, de fato, o Grito do Ipiranga.
Sendo considerado um dos marcos fundadores, a data é entendida como um momento importante para a memória coletiva do brasileiro e, por isso, ela ser celebrada. A importância desta data é facilmente identificada, pelo fato de que ela é um feriado nacional e é um dos três feriados que comemoram acontecimentos marcantes da história brasileira – os outros são o Dia de Tiradentes e o Dia da Proclamação da República.
O 7 de Setembro marca a Independência do Brasil, proclamada em 1822 por Dom Pedro I às margens do rio Ipiranga, em São Paulo. A data simboliza a conquista da autonomia política do país em relação a Portugal e é lembrada como um marco da construção da nação brasileira. Mais do que celebrar o passado, o Dia da Independência convida à reflexão sobre os valores de liberdade, cidadania e responsabilidade coletiva na construção de um Brasil mais justo e democrático.
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Da Redação











