Redução das 20 Agências de Desenvolvimento Regionais (ADRS) estão entre as estruturas extintas pelo governador Carlos Moisés
A Assembleia Legislativa (Alesc) aprovou por unanimidade, na tarde desta quarta-feira, 22, o Projeto de Lei Complementar (PLC) que institui a Reforma Administrativa do Governo de Santa Catarina. Com isso, o Executivo formaliza a criação de uma estrutura mais enxuta e eficiente, que irá gerar economia estimada em R$ 500 milhões durante os quatro anos de mandato. A redação final traz alterações construídas na base do diálogo com os parlamentares, mas mantém o objetivo fundamental da proposta: fazer um governo mais moderno e transparente, que entregue serviços com mais qualidade para os catarinenses.
“A Reforma representa o nosso jeito transparente de governar. Torna o Estado mais célere e sem estruturas duplicadas. A Assembleia Legislativa tomou uma decisão muito sábia, que vem ao encontro do interesse dos catarinenses. Votou em favor do Estado de Santa Catarina”, ressaltou o governador Carlos Moisés.
A Reforma Administrativa foi um trabalho que iniciou durante o período de transição, com diagnóstico das estruturas atuais de governo. Com o início do mandato, o modelo entrou em uma fase de teste. A lei deve ser sancionada no começo de junho.
Principais estruturas extintas
— As 20 Agências de Desenvolvimento Regional previstas na Lei nº 16.795
— Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra)
— Departamento de Transportes e Terminais (Deter)
— Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte
— Secretaria de Planejamento
— Secretaria Executiva de Supervisão de Recursos Desvinculados
— Secretaria Executiva de Assuntos Estratégicos
— Secretaria Executiva de Gestão dos Fundos Estaduais
— Secretaria Executiva de Habitação e Regularização Fundiária
— Secretaria Executiva do Programa SC Rural
Reorganização
Com a extinção da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura (SOL), há mudanças na vinculação das fundações e autarquias do setor. A Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur) torna-se uma autarquia estadual e, assim como a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e a Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), ganham autonomia e ficam vinculados ao Gabinete do Governador.
Na Segurança Pública, a Reforma Administrativa formaliza o modelo inovador e pioneiro no país e institui o Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial. O formato prevê o revezamento anual das chefias de Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militares, Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias na presidência.
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) também fica vinculado ao Gabinete do Governador.
A Casa Civil assume o papel de atendimento e interlocução com as prefeituras das 295 cidades do Estado por meio da Central de Atendimento aos Municípios. Além disso, uma parceria firmada com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) permitirá a criação de Núcleos de Gestão de Convênios (NGC) em todas as regiões de Santa Catarina.
Principais mudanças nas nomenclaturas
— Secretaria de Estado da Casa Civil vira Casa Civil
— Secretaria de Estado de Comunicação em Secretaria Executiva de Comunicação
— Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania em Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa
— Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca em Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural
— Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação em Secretaria do Desenvolvimento Social
— Secretaria de Estado da Infraestrutura em Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade