O desembargador Jorge Luiz de Borba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, alvo da uma ação da Polícia Federal que apura suspeita de trabalho análogo à escravidão contra uma vítima que segundo as investigações residia na casa do desembargador e da esposa e executava tarefas domésticas, sem cuidadas de saúde e que a mesma não tinha carteira assinada e sofria maus-tratos. O mandado foi cumprido na casa do magistrado, em Florianópolis, nesta terça-feira (6).
Leia integra da Nota de Esclarecimento
Venho manifestar surpresa e inconformismo com o ocorrido, antecipando, desde logo, que aquilo que se cogita, infundadamente, como sendo “suspeita de trabalho análogo à escravidão”, na verdade, expressa um ato de amor. Haja vista que a pessoa, tida como vítima, foi na verdade acolhida pela minha família.
Trata-se de alguém que passou a conviver conosco, como membro da família, residindo em nossa casa há mais de 30 anos, que se juntou a nós já acometida de surdez bilateral e muda, tendo recebido sempre tratamento igual ao dado aos nossos filhos.
Embora irresignado, confio serenamente na justa elucidação dos fatos, certo de que, quem faz o bem não pode ser penalizado. Colocamo-nos à disposição de todos, posto que dispomos de elementos suficientes para comprovar a dignidade dos nossos propósitos, que foram, são e serão exclusivamente humanitários, de amor ao próximo.
Desembargador Jorge Luiz de Borba