JORNALISTA GLENN DO INTERCEP SERÁ SABATINADO EM COMISSÃO SOBRE VAZAMENTOS DE CONVERSAS ENTRE SÉRGIO MORO E PROCURADORES DA LAVA JATO
“Se fosse deputado ou senador, estava no Conselho de Ética, cassado ou preso” diz presidente do Senado.
O jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil vai a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), nesta terça-feira (25), às 15h, para audiência pública debater sobre as publicações envolvendo a Operação Lava Jato.
O requerimento é de autoria dos deputados Camilo Capiberibe (PSB-AP), Carlos Veras (PT-PE), Márcio Jerry (PCdoB-MA) e Túlio Gadelha (PDT-PE). Afirmam que “os direitos dos cidadãos objeto da Operação Lava-Jato, particularmente do cidadão Luiz Inácio Lula da Silva, foram violados sistematicamente” e que as reportagens publicadas por Greenwald “jogam dúvidas contundentes sobre a imparcialidade na atuação do Juiz Sergio Moro”.
A CCJ do Senado também aprovou na semana passada, um convite para que o procurador da República, Deltan Dallagnol, compareça à Casa para explicar aos senadores a troca de mensagens com Moro, mas ainda não há uma data definida para a visita. Assim como Moro, ele está nos Estados Unidos. “Estamos muito confiantes de que o que fizemos foi legal. No Brasil, é muito comum que procuradores conversem com juízes sem a presença da outra parte”, disse Dallagnol em palestra nos EUA. (Com informações da Revista Exame)
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), declarou que, se comprovada a veracidade dos diálogos do ex-juiz Sérgio Moro vazados pelo Intercetp, são “graves” e revelam “problema ético”. “Se fosse deputado ou senador, estava no Conselho de Ética, cassado ou preso”, afirmou.
Sergio Moro também tinha visita agendada à Casa para a quarta-feira, 26, mas adiou por causa de uma viagem aos Estados Unidos, onde visita órgãos de segurança e inteligência. Na semana passada, Moro foi espontaneamente à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde respondeu a perguntas por quase nove horas. Ele contestou a autenticidade dos arquivos divulgados pelo Intercept, mas disse que deixaria o governo se alguma irregularidade fosse comprovada.









