O QUE ESPERAR DO CENÁRIO POLÍTICO NACIONAL E INTERNACIONAL EM 2025?

Qual será o ano novo ideal para você?

Por L. Pimentel

Não podemos fazer previsões concretas, mas podemos oferecer uma análise dos cenários com base em tendências atuais. Então, aqui estão algumas possibilidades para que você tome conhecimento sobre a política nacional e internacional em 2025, com base em padrões históricos e nos recentes desafios que ocorrem no nosso dia a dia.

CENÁRIO NACIONAL

Nas reformas estruturais a pauta econômica pode continuar focada nas reformas tributária e administrativa, dependendo da articulação entre o Executivo e o Congresso. Questões como a redução da desigualdade, da sustentabilidade e do fortalecimento do sistema educacional podem ganhar força. Pelo menos é o que se espera. Aqui no estado de Santa Catarina temos visto recentemente que o governador tem se posicionado favorável e até com certa empáfia que o Porto de Itajaí seja administrado pelo próprio município. Por um lado. Por outro, o governador Jorginho Mello esquece que ele teve a oportunidade de – durante o governo de seu aliado Jair Bolsonaro – ter feito algo mais sólido e palpável para que o Porto (que é nacional) tivesse administração local. Não fez nada, e agora faz política contra o governo pela causa. Enquanto o país não resolver essas pendengas politiqueiras regionais o Brasil continuará marcando passos.

Na questão da polarização política, ela deve permanecer relevante, mas novos atores ou coalizões podem surgir, desafiando o cenário atual. Com a aprovação da Reforma Tributária e com uma nova administração no Banco Central espera-se que haja outra postura quando a esses dois fatores. As eleições municipais de 2024 foram um termômetro para medir a força de partidos tradicionais e novas lideranças locais. Mas isto deve ir mudando com a aproximação da eleição presidencial que ocorre em 2026. Esperamos que mude para melhor… pois essa questão da tal “polarização” já encheu o saco. Aliás, Freud já dizia: “quanto mais fraco, inculto, solitário e desesperado for o sujeito, maior será seu desejo de integrar os movimentos autoritários que prometem redimi-lo de sua insignificância, sua pequenez e suas frustrações solitárias”. Ficar atento e nunca acreditar em falsos profetas é solução sine qua non para a melhora da Nação.

Já nas questões ambientais o Brasil pode enfrentar pressão internacional para avançar na preservação da Amazônia, o que pode influenciar nas políticas ambientais e nos acordos comerciais. Sempre comentamos, até com certo orgulho, que o Brasil é o seleiro do mundo. Mas, para que isso continua sendo verdadeiro seria necessário que o país se precavesse para que não houvesse tanta desigualdade entre as pessoas. No entanto, pouco se enxerga a necessidade dessa política… Não basta o presidente Lula lutar pelo fim da fome. Pra isso se faz urgente o apoio da população, especialmente dos grandes produtores nacionais.

CRISES NO CENÁRIO INTERNACIONAL

O Mundo vai continuar passando por momentos críticos em 2025. Especialmente na Geopolítica. As relações entre EUA e China, que disputam a hegemonia econômica e de tecnológica deve continuar, com possíveis impactos sobre as cadeias de suprimentos globais nessas áreas. Conflitos regionais (como no Oriente Médio, Ucrânia), tendem a continuar instáveis com tensões envolvendo as grandes potências. Digamos que, a continuar da maneira como esses conflitos vêm se estendendo, uma guerra de grandes proporções não está descartada. Pelo menos é o que dizem os especialistas.

As mudanças climáticas – ao lado das possibilidades de guerra – é outro fator em que a humanidade precisa estar atenta. Os compromissos ambientais firmados neste ano de 2024 na COP29 podem começar a gerar impacto visível em 2025, com avanços ou retrocessos nas energias renováveis. Isso tudo vai depender do ponto de vista dos que querem que a situação melhore e dos que não acreditam que o meio ambiente esteja em perigo. Sem falar nos ‘terraplanistas’ de plantão, para os quais a “terraplana” e as questões “mitológicas” são vistas como ‘salvaguardas’ do planeta. As organizações globais como a ONU, OTAN e outras entidades multilaterais podem enfrentar questionamentos sobre sua relevância e eficácia diante de crises humanitárias e climáticas.

Mas há um setor que não podemos negar, ou seja, os avanços na inovação tecnológica. A inteligência artificial e a cybersegurança continuarão moldando o cenário político brasileiro e mundial, com debates sobre regulamentação e privacidade. Esta é uma situação que tem passagem só de ida. Sem volta. Se for bem aproveitada, será um benefício enorme para a humanidade. O crescimento de blocos regionais como BRICS e G20 podem desempenhar papéis mais ativos, à medida que os países buscam alternativas às instituições tradicionais. O Brics (tijolos em inglês) estuda a criação de uma nova moeda conjunta para facilitar as operações entre as nações que compõem o bloco. Mas o fato já encontra resistência ferrenha do presidente eleito dos Estados Unidos. Ele já disse que os acordos de Breton Woods continuam e devem continuar valendo e que os EUA se oporão à criação do Drex.

Vamos aguardar o andar da carruagem pra ver se será preciso trocar alguma roda durante a jornada de 2025, pois ela passará por terrenos íngremes e acidentados. E, caso necessário, saber qual das rodas será substituída. Vejam que não será um ano “mar de rosas”. Mas também não esperamos que seja um pé no nosso saco.

Por L. Pimentel

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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