O que pode fazer seu ano de 2026 ser diferente dos anos anteriores?

Uma dica é se desfazer de tudo que não serve mais

Todo fim de ano traz essa vontade quase automática de recomeçar. A gente pensa em metas, desejos, projetos, listas. Mas quase nunca paramos para olhar uma coisa essencial: o ambiente onde tudo isso vai acontecer. E não digo só o ambiente físico, como a casa, a mesa, o armário, o computador. Mas também o ambiente emocional e mental que a gente carrega para o ano seguinte.

Pode reparar: o espaço influencia o nosso comportamento. Uma mesa cheia de papéis espalhados drena a energia necessária para trabalhar com foco. Uma rotina cheia de pendências esvazia o ânimo antes mesmo do dia começar. E o que dizer de um ambiente pesado, no qual você pisa em ovos o tempo todo? Energia vital que se desmancha no ar.

Foi depois de um término libertador e de ter reconquistado a minha casa que eu entendi o quanto da minha vitalidade ia embora para colocar panos quentes e sustentar o bem-estar das pessoas. Foi depois de um chefe altamente desorganizado que entendi o valor de objetivos claros. Foi depois de uma boa faxina que percebi como a gente também pensa com mais clareza quando tudo está limpo. Memórias novas e antigas que me ajudam a exemplificar a ideia. E, aposto, você também deve ter bons exemplos para compartilhar.

Observar como andam nossos espaços internos é essencial se desejamos um 2026 diferente. Quais são as nossas crenças? Onde realmente nos sentimos confiantes para conquistar o que desejamos? Como a mente deixa ir aquilo que não foi bom e abre espaço para construir algo melhor? Cuidar da nossa casa interior, tanto quanto dos espaços externos, é criar condições para que novos hábitos e gestos transformem os dias e, pouco a pouco, a nossa vida.

Olhando para trás, percebi que, nos últimos tempos, essa faxina – interna e externa – me fez chegar muito mais leve até aqui. Vou compartilhar com você, com o desejo de que alguma dessas ideias te inspirem, e também animada para que você contribua com a lista. Para 2026, eu:

  • Joguei fora muitos arquivos e papéis que vinha acumulando nos últimos anos;
  • Me desfiz de tudo aquilo que eu não usava mais (e que, honestamente, não tinha mais nada a ver comigo);
  • Encerrei relações tóxicas onde não havia parceria, respeito ou reciprocidade;
  • Parei de tentar agradar o tempo todo;
  • Me afastei de gente que só reclama (isso drena muito a nossa energia);
  • Parei de revisitar acontecimentos sobre os quais eu já não podia mais fazer nada;
  • Deixei o celular mais longe em momentos de concentração e também antes de dormir e ao acordar.

Sempre lembro do que escreveu Carlos Drummond de Andrade, em Receita de Ano Novo, quando disse que, para fazer um bom ano, é preciso merecê-lo; é preciso fazê-lo novo. Afinal, nada muda do dia 31 para o dia 1º, a gente já está cansado de saber. Por isso, que a gente honre os pequenos gestos sem subestimar seus resultados. As grandes transformações vêm de ajustes mínimos e diários. Dentro e fora da gente.

Boa mudança para você!

Débora Zanelato (@deborazanelato)

Diretora de Conteúdo da Vida Simples

 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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