ÚNICO CONTRA O MARCO TEMPORAL, DEPUTADO DO PL DISSE NÃO PODER VOTAR CONTRA SUA ASCENDÊNCIA INDÍGENA

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DEPUTADO DISSE QUE FOI LIBERADO PELA LEGENDA

O deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) foi o único da bancada do PL que votou contra o marco temporal da demarcação das terras indígenas nesta terça-feira. O projeto foi articulado por ruralistas e deputados do Centrão e representou uma derrota para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já se posicionou contra a ideia durante a campanha eleitoral.
Embora seja da legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado é ex-ministro dos Transportes da petista Dilma Rousseff. Ele negou que o voto represente um aceno ao governo.
O marco prevê que os territórios sejam explorados economicamente e inclui a possibilidade de contato com povos isolados — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
— Eu sou o único do PL que tem ascendência indígena, a minha bisavó nasceu em Itapecerica da Serra (município de São Paulo) e era índia. Não preciso falar mais nada — disse ao GLOBO.
Mesmo votando contra o texto, o parlamentar evitou criticar o partido por apoiar maciçamente a iniciativa.
O projeto foi aprovado por 283 votos favoráveis e 155 contrários. A ideia central do texto é estabelecer a data da promulgação da Constituição de 1988 como marco para demarcar terras indígenas. Críticos da iniciativa dizem que definir uma data seria desconsiderar uma série de conquistas feitas pelos indígenas.
Vem mais por aí? De marco temporal a MP que mira Rui Costa, Centrão prepara novas bombas para o governo
O projeto também dá brecha para exploração de garimpo, construção de estradas e hidrelétricas nas terras, além de permitir contato com povos isolados em casos de “interesse público”.
A aprovação do texto é uma reação a um julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, que está marcado para a semana que vem. Ao articular o projeto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), planeja se antecipar ao STF e evitar que o tribunal reveja um entendimento anterior que reconheceu o marco temporal.
Por Lauriberto Pompeu — Brasília

Redação
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