A Bancada Feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina encaminhou nesta quinta-feira (17) ao secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, um ofício solicitando a inclusão de gestantes e puérperas (que acabaram de dar à luz) sem comorbidades nos grupos prioritários do plano estadual/municipal de vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina. As deputadas enfatizam no documento que vários estados retomaram a vacinação para as gestantes e puérperas com os imunizantes Pfizer e Coronavac e que em Santa Catarina a suspensão continua, embora se trate de grupo de risco com elevados índices de mortalidade por Covid-19.
No ofício, também é citado como referência a recomendação 1/2021, enviada pelo Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres – Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina, no dia 2 de junho, para fins de retomar a vacinação deste grupo de risco específico. “Solicitamos, portanto, a sua especial atenção para a retomada da vacinação de gestantes e puérperas sem comorbidades com imunizantes alternativos ao da Astrazeneca, na maior brevidade possível, para não elevar os índices de mortalidade por Covid-19 deste grupo de risco”, reforça o documento.
As parlamentares ressaltam que na análise dos dados públicos do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), houve aumento da mortalidade materna por Covid-19, no Brasil, sendo notificados até o dia 2 de Junho de 2021, 455 casos em 2020 e 814 em 2021, o que representa 10 mortes maternas por semana em 2020 e 38 mortes maternas por semana em 2021.
Na comparação entre os anos 2020 e 2021, a mortalidade materna semanal aumentou em 283% e a mortalidade da população geral aumentou em 105%, confirmando os achados do CDC de que gestantes constituem grupo de maior risco de intubação orotraqueal, de internação em unidades de terapia intensiva (UTIs) e de óbito.