domingo, março 16, 2025

BOLSONARO PARTICIPA DE ATO NO RIO, ATACA ALEXANDRE DE MORAES E PEDE ANISTIA AOS CONDENADOS DE 8 DE JANEIRO

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, neste domingo (16), de um ato organizado por seus apoiadores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A manifestação teve como principais pautas a crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a defesa da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Apesar da mobilização da base bolsonarista, o evento não reuniu grandes multidões. De acordo com cálculos da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e a ONG More in Common, aproximadamente 18,3 mil pessoas participaram do ato. A estimativa foi feita com base na análise de imagens aéreas capturadas por drones, utilizando algoritmos de inteligência artificial. Segundo o professor Pablo Ortellado, um dos responsáveis pelo estudo, a margem de erro do cálculo é de 12%.

Críticas ao STF e defesa da anistia

Em discurso, Bolsonaro voltou a atacar Alexandre de Moraes, a quem acusou de promover uma “caçada judicial” contra ele e seus aliados. O ex-presidente também voltou a questionar as eleições de 2022 e afirmou que a condenação dos participantes do 8 de janeiro foi injusta. “O que eles querem aqui no Brasil é fazer igual na Venezuela”, declarou.

Bolsonaro também reiterou que não pretende deixar o país, mesmo diante das investigações contra ele. “Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu estivesse do lado deles”, disse. O ex-presidente sugeriu que sua prisão ou morte traria consequências políticas: “Se preso ou morto, serei um problema para o Poder Judiciário”.

Ainda em tom de enfrentamento, Bolsonaro afirmou que sua presença no Brasil incomoda seus adversários políticos e insinuou que, se estivesse no país no momento dos atos de 8 de janeiro, poderia ter sido preso. “E só não foi perfeita essa historinha de golpe para eles porque eu estava nos Estados Unidos. Se eu estivesse aqui, estaria preso até hoje ou quem sabe morto por eles”, declarou.

Como mostrado pela mídia, Bolsonaro e outros 34 foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como “líderes” de um plano golpista para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022. A denúncia, apresentada ao Supremo Tribunal Federal, aponta que o grupo elaborou uma minuta de decreto para invalidar o resultado das urnas e convocar novas eleições, além de tentar influenciar as Forças Armadas para viabilizar a medida.

Liberdade de expressão e Estado de Direito

O ato reforçou a tensão entre o bolsonarismo e as instituições democráticas. A liberdade de expressão, garantida pela Constituição, deve permitir o debate político e a pluralidade de ideias, mas também encontra limites quando colide com outros princípios fundamentais, como a preservação da ordem democrática.

A anistia aos condenados do 8 de janeiro continua sendo um tema controverso. Defensores alegam que as punições foram excessivas e que a liberdade de expressão está sendo cerceada. Já críticos da proposta afirmam que os atos daquele dia não foram meras manifestações políticas, mas sim uma tentativa de desestabilizar as instituições democráticas.

O evento em Copacabana mostrou que, apesar das dificuldades jurídicas e políticas enfrentadas por Bolsonaro, sua base segue mobilizada, ainda que em menor número do que em atos anteriores. A discussão sobre anistia, liberdade de expressão e os desdobramentos das investigações contra o ex-presidente devem continuar no centro do debate político nos próximos meses.

Veja mais: https://folhaestado.com/jorginho-mello-marca-presenca-ao-lado-de-bolsonaro-em-ato-no-rio/

 

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Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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