TEMPORAIS CAUSAM 10 MORTES NO RS; 21 PESSOAS ESTÃO DESAPARECIDAS

Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram dez mortos e 21 pessoas desaparecidas. De acordo com balanço divulgado pela Defesa Civil do estado, na manhã desta quarta-feira (1º), 104 municípios foram afetados, 1.431 pessoas estão desalojadas e 1.145 foram levadas para abrigos.

COMENDO CAVALO POR VACA

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O MUNDO DANDO SUAS VOLTAS

Hoje vou abordar um tema sobre o qual as pessoas desconfiam, mas poucos acreditam. O Brasil vem abatendo muitos cavalos, mas a produção advinda desses abates é toda exportada. Será? Não consumimos nada, ou pelo menos é o que pensamos.

Os gaúchos e de maneira praticamente igual os paranaenses e nós, os catarinenses, em nossas relações com a “lida de campo” e na celebração das nossas mais caras tradições – já que esses três estados estão umbilicalmente ligados – mantemos um vínculo de afetividade e parceria indissolúvel com esses animais. (De acordo com dados da FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (2022), entre os dez países com as maiores populações de equinos no mundo estão: EUA, China, México, Brasil (4º lugar), Mongólia, Cazaquistão, Argentina, Etiópia, Colômbia e Chade.)

O cavalo é um “símbolo” por aqui. No lombo do cavalo é uma forma que encontramos de ver o mundo de forma diferente. Por isso, a decisão difícil que encontramos na hora do aparte desses animais para enviá-los ao abatedouro. Quando isso ocorre, o fato é traduzido por alguns no “vai pra conserva”. Como se isso servisse de consolo, mesmo os criadores mais tradicionais preferem manter no pasto e até a morte os animais que já não têm mais serventia para o trabalho ou montaria.

Porém, os números de embarques para a exportação de carne de cavalo, que atingem anualmente milhares de toneladas, demonstram que o fornecimento desses animais aos frigoríficos é bastante expressivo. Tem pouco tempo, quando estourou aquele escândalo na Europa (lembram?) envolvendo a presença de carne de cavalo nos alimentos, o tema “veio a baila” por aqui, especialmente porque as suspeitas alcançaram produtos feitos a partir de carne bovina que poderia estar sendo misturada com carne eqüina, fraudando os consumidores. Não que a carne eqüina seja prejudicial à saúde, é apenas uma questão de amor a esses animais.

Esses produtos sob suspeição seriam pratos prontos, compostos por hamburgueres, lasanhas e salames, passíveis dessas misturas que até então eram despercebidas. Você também pode estar comendo isso por aqui, mesmo sem saber. Não podemos desconhecer que a carne de equídeos é consumida em outros países como: Bélgica, Holanda, Itália, Japão, França e Estados Unidos, além da China, é claro. A ocorrência em debate, além de envolver a reputação dos países e empresas fornecedoras de alimentos, assume outros contornos mais amplos. Com efeito, nossos animais por aqui são especialmente de trabalho, competição ou estimação e somente num plano secundário é que se destinam à alimentação humana através de suas carnes.

Por lá tudo começou porque essa carne, rica em ferro, tornou-se abundante em um período na Europa pelo descarte dos animais de trabalho e pela industrialização naquela parte do mundo. Carne vermelha e barata passou a formar o cardápio dos menos favorecidos, gerando o hábito de consumo que, embora reduzido, ainda persiste até hoje. Nessa perspectiva também se inserem as normas internacionais de proteção aos animais contra os maus tratos e sacrifícios inadequados, bem como a preocupação sanitária e identificação de origem que não tem a mesma qualificação, como ocorre nos abates de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos ou suínos.

Verdade é que para nós, sulistas, e também para praticamente o restante do País, os cavalos devem ter cuidados especiais em todas as suas circunstâncias, com tratamento justo, considerando o “status” que tem o animal em sua relação com o homem e sua pureza selvagem, digna de admiração. Sem falar na gratidão que temos, pela contribuição desses garbosos animais nas nossas conquistas cívicas de soberania e de liberdade.
A verdade é que esse fato essencial nos faz estarmos sempre alerta para nunca sermos surpreendidos pelas nossas próprias ações. E também para refletirmos e corrigirmos as eventuais mazelas que desqualificam o ser humano (quer por falhas de conduta, ou por outras, o que é mais grave), ou simplesmente por interesses econômicos.

É que no afã da obtenção de resultados mais fáceis, muitos acabam não escolhendo os meios e desconsideram os valores fundamentais da vida. Afinal, o cavalo pode ser considerado, assim como os gatos, os cães, etc., os principais amigos do homem! Também é bom não esquecer… que com tanto boi no pasto, na ceva ou nas engordas naturais, pelo menos por enquanto, não seria de bom alvitre comermos carne de cavalos! E você, o que acha?

Por L. Pimentel – Jornalista

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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