TEMPORAIS CAUSAM 10 MORTES NO RS; 21 PESSOAS ESTÃO DESAPARECIDAS

Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram dez mortos e 21 pessoas desaparecidas. De acordo com balanço divulgado pela Defesa Civil do estado, na manhã desta quarta-feira (1º), 104 municípios foram afetados, 1.431 pessoas estão desalojadas e 1.145 foram levadas para abrigos.

EDITORIAL: O QUE O GOVERNO TERIA QUE TER FEITO POR REQUIÃO?

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Fora do PT, o que pensa Requião sobre Lula, o PDT de Ciro e o caminho até 2026

Depois de quatro décadas no MDB, o ex-governador paranaense e ex-senador se juntou aos petistas em 2022 para derrotar Jair Bolsonaro. Mas o que Requião esperava? O que o governo deveria ter feito por Requião?

Governador do Paraná por três mandatos e senador em duas legislaturas, Roberto Requião afirma não se arrepender de ter se filiado ao PT e apoiado Lula na eleição presidencial de 2022, apesar de ter anunciado sua desfiliação do partido na última quinta-feira dia 27.

Aos 83 anos, e ainda um “político 24 horas por dia”, até agora ele não decidiu os próximos passos. Questionado sobre a possibilidade de entrar no PDT, declarou que é difícil, pois Ciro Gomes “trabalha mais com o fígado”, embora veja no discurso do líder do partido uma boa crítica ao sistema. “Mas o ódio dele ao PT não é o meu”, pondera.

Após deixar o MDB, legenda em que esteve por quatro décadas, Requião se integrou ao PT e se aliou a Lula na disputa por uma terceira passagem pela presidência. “Era a única possibilidade de o Brasil sair das mãos do liberalismo absurdo, que continua até hoje, e das loucuras do Bolsonaro“, justifica. “Tinha uma admiração pelo Lula e achava que ele era um político em franca evolução, que ele ia mudar.

Os rumos do governo, no entanto, decepcionaram o ex-governador paranaense. Ele alega haver semelhanças entre a política econômica em curso, a de Paulo Guedes e também a do ultradireitista, Javier Milei, presidente da Argentina. Trata-se, segundo Requião, de uma consolidação do liberalismo.

Outro fator a abalar a relação com o PT, segundo Roberto Requião, é a dificuldade de debater a política e participar das decisões sobre os rumos do partido. “A crítica que o Ciro faz tem sido interessante, mas eu também tentava fazer uma crítica construtiva e não adiantou. Eu fui completamente isolado com a oferta de cargos. E eu jamais aceitaria um cargo”, afirma. Entre os postos oferecidos estava uma cadeira no Conselho de Administração da Itaipu Binacional.

“O PDT pode ser um partido que dê a mim a mesma flexibilidade de crítica e raciocínio que dá ao Aldo Rebelo e ao Ciro, porque somos de esquerda”, acrescentou. Requião reforçou, porém, não ter iniciado quaisquer conversas com o PDT ou com qualquer outra sigla desde que deixou o PT.

“Internamente, o PT tem as tendências e cada uma dela representa um tipo de reivindicação. Eles não discutem mais a política. Eles estão atrás de salários e empregos, não há espaço para você discutir”. “Não tive nenhuma possibilidade de um debate político, então, eu achei que não tinha mais lugar para participar disso”.

No momento em que, apesar da derrota em 2022, a extrema-direita continua a representar uma parcela significativa da população, Requião teme que o País sofra um “colapso econômico” até o próximo pleito presidencial de 2026. Mas disse: “Eu gosto do Haddad, ele é incapaz de comprar um hambúrguer com dinheiro público. Mas está influenciado pelo Insper de São Paulo”. “É o tal liberalismo”.

Fica a pergunta: “O governo do PT pode continuar perdendo lideranças como Roberto Requião, figuras raras hoje em dia?” Não estaria na hora de o governo parar de dar mancada?

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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