Editorial: Congresso Nacional, desconexão e os rumos das Eleições de 2026

Estamos a exatos 365 dias das eleições do ano que vem

O Brasil se aproxima de um momento decisivo: as eleições gerais de 2026 prometem definir não apenas os rumos do Executivo e do Legislativo, mas também a forma como a população será ouvida por aqueles que a representam. No entanto, o comportamento recente do Congresso Nacional evidencia uma preocupante desconexão entre parlamentares e cidadãos comuns.

Tanto o Orçamento Secreto quanto a chamada PEC da Blindagem são exemplos concretos de decisões políticas que evidenciam uma falta de empatia e de responsabilidade social por parte de parte do Congresso Nacional:

  1. Orçamento Secreto
  • Recursos do governo são distribuídos de forma sigilosa, sem transparência, muitas vezes favorecendo aliados políticos ou parlamentares influentes.
  • Isso revela uma priorização de interesses partidários e de poder, em vez de atender às necessidades da população.
  1. PEC da Blindagem
  • Projetos ou emendas que buscam proteger parlamentares de investigações ou punições comprometem a responsabilidade institucional.
  • Demonstra descolamento da realidade social, especialmente para quem enfrenta desafios cotidianos no trabalho, na saúde e na educação.
  1. Escala “Seis por Um”
  • Cerca de 70% dos parlamentares são contra a adoção da escala seis por um, mesmo usufruindo atualmente de escala 4 x 3, que oferece mais folgas e vantagens.
  • A rejeição à escala mais justa evidencia um descompasso entre direitos que se aplicam à população e privilégios que eles próprios mantêm, reforçando a sensação de distância entre representantes e representados.

Esses exemplos reforçam a ideia de que há uma distância entre representantes e cidadãos comuns, e que políticas públicas nem sempre refletem justiça social ou empatia pelo trabalhador.

Em contraste, a recente votação do Imposto de Renda, que isenta trabalhadores com renda de até R$ 5.000 e oferece descontos para quem recebe até R$ 7.350, mostrou a força da pressão popular. Embora registrada como uma votação histórica e aparentemente unânime, todos sabemos que unanimidade no Congresso é praticamente impossível. O resultado só se concretizou devido ao impacto da rejeição das ruas e à proximidade das eleições de 2026, mostrando que, quando há mobilização social, parlamentares se veem obrigados a atender demandas que beneficiam a população.

Essa dinâmica evidencia que o Congresso só reage quando sentimento popular e interesses eleitorais convergem, reforçando o contraste entre medidas que favorecem a elite — como o Orçamento Secreto, a PEC da Blindagem e a manutenção de privilégios como a escala 4 x 3 — e aquelas que de fato atendem às necessidades do povo. Iniciativas como o transporte tarifa zero também exemplificam políticas públicas voltadas à inclusão e ao alívio financeiro do trabalhador.

À medida que nos aproximamos das urnas em 2026, torna-se urgente que o eleitor reflita sobre quem atua em defesa do povo e quem protege interesses corporativos. A escolha dos representantes deve ser pautada pela coerência entre discurso e prática legislativa, avaliando ações concretas que ampliam direitos, garantem transparência e fortalecem políticas públicas.

O momento exige consciência crítica: não basta apenas reclamar da política; é necessário agir nas urnas para transformar o Congresso em um verdadeiro instrumento de justiça social, empatia e compromisso com a população.

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Da redação

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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