Manifestantes acusam Trump de agir como monarca e denunciam abusos de poder em meio à paralisação do governo federal
MIlhões de americanos protestam contra o Presidente Donald Trump. Milhões de pessoas foram às ruas em várias cidades americanas para protestar contra o presidente Donald Trump. O dia de protestos tem como título “no kings”, que a gente pode traduzir como “não queremos reis”. Os manifestantes acusam Trump de governar como um monarca absoluto, autoritário, numa referência ao rei George III, que governava a Grã-Bretanha quando os Estados Unidos se tornaram independentes em 1.776.
O protesto “no kings” anterior, em junho, segundo os organizadores, botou nas ruas cinco milhões de pessoas em 2,1 mil cidades americanas.
O deste sábado aconteceu em 2,6 mil cidades. E reuniu multidões em lugares como Chicago, onde Trump botou nas ruas militares da guarda nacional; a capital Washington, também sob intervenção militar; Boston, outra cidade onde a prefeita é do partido democrata e desafia Trump; Philadelphia e Atlanta, onde os prefeitos também são democratas.
Em Nova York, os organizadores calculam que são mais de 100 mil manifestantes, que lotaram mais de 40 quarteirões numa das principais avenidas da cidade. E no estado de Nova York como um todo, além daqui, teve mais de 100 cidades com protestos.
As palavras de ordem tinham como alvo o que os manifestantes chamam de abusos de poder de Trump: Os cortes nas verbas da saúde que provocaram o shutdown; A paralisação do governo federal que começou há 18 dias; A pressão para que as universidades se submetam ao governo federal; A perseguição na justiça a adversários pessoais de Trump; e as prisões e deportação de imigrantes.
Já os republicanos denunciaram os protestos por incentivarem os democratas a prolongar a paralisação do governo. Para eles, o título deveria ser “manifestação para o ódio à América”. E dizem sem provas que os manifestantes estão sendo pagos para participar.
Os manifestantes sabem que não vão fazer o governo mudar de rumo, mas podem influenciar as eleições para o Congresso, no ano que vem.
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Por JN