“Que possamos celebrar o amor de Cristo doado no alto de uma cruz”
*Por Virgílio Galvão
Era Páscoa.
E naquela manhã de silêncio doce e cheiro de chocolate, uma pergunta ecoava suave, mas imensa: É incrível pensar que alguém morreu por você.
Sim. Morreu não por ódio, mas por amor.
Morreu para que você vivesse.
E mais do que isso: É incrível pensar que fazer o bem incomoda tanto – Que amar em plenitude, às vezes, ofende quem esqueceu o que é compaixão.
Mas Ele, em sua breve passagem, mostrou-nos o essencial: O melhor da vida é proporcionar amor. Nas pequenas ações, nos gestos que ninguém vê, No abraço sem motivo, no perdão sem exigência.
E o mais assombrosamente belo?
É saber que, mesmo em nossa imperfeição, Ele habita em nós.
Nosso barro carrega divindade.
Por isso, não há mal em comer ovos de chocolate,
Nem em espalhar pegadas de coelho para os pequenos sorrirem.
Porque, no fundo, o que importa é o que se acende entre nós: O laço invisível que nos une, o riso que compartilhamos; O amor que, mesmo sem nome, pulsa entre um gesto e outro.
Essa é a verdadeira ressurreição diária –
Levantar-se para amar de novo.
E de novo.
E mais uma vez.
FELIZ PÁSCOA!
Que o triunfo da vida continue a ser o amor que semeamos.
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*Dr. Virgílio Galvão – de Brasília