Durante um culto de sua igreja pelo YouTube, nos EUA, Valadão pregou que, se pudesse, ‘Deus matava’ e ‘começava tudo de novo’, se referindo à comunidade LGBT+.
O pastor André Valadão, alvo de representação do Ministério Público Federal a Justiça por homofobia, por incitação ao crime de ódio, previsto no Art. 7 do CPP, se condenado pode ser extraditado dos Estados Unidos para o Brasil, este tipo de crime qual é está sob suspeita é passível de punição de até cinco anos de prisão.
Nesta tarde de segunda-feira, 10, p pastor Valadão, emitiu uma nota a imprensa negando qualquer ataque contra a comunidade GLBTQIA+, o pastor André Valadão, é membro da Igreja Batista da Lagoinha, divulgou manifesto em que afirma jamais ter incentivado a violência contra pessoas da comunidade LGBTQIA+. No texto, diz que sua pregação em culto realizado no dia 2 de julho, em Orlando (EUA), recorreu a uma metáfora retirada de contexto. “Que bem fique claro: repudio qualquer ataque e uso de violência física ou verbal a pessoas por conta da orientação sexual”, diz o líder cristão no texto. “Sou contra qualquer crime de ódio e sei que, como Jesus, os cristãos devem acolher a todos.” O pastor é enfático ao negar ter dito a expressão “e Deus deixou o trabalho sujo para nós”, mentira repetida em publicações, postagens e manifestações públicas, que serão questionadas na Justiça.
A seguir, a íntegra do manifesto
Queridos irmãos e amigos,
Estive introspectivo e em oração para entender a avalanche de acontecimentos dos últimos dias. Minha vida e da minha família foram expostas, mentiras e interpretações distorcidas se espalharam. Mas hoje encontrei paz e quero colocar as coisas nos devidos lugares.
Primeiro: não admito, nunca admiti e não autorizo que nossos fiéis agridam, firam, ofendam ou causem qualquer tipo de dano, físico ou emocional, a qualquer pessoa que seja. Repudio o uso de violência física ou verbal a pessoas por conta da orientação sexual. Sou contra o crime de ódio e incitação à violência e, como cristão, defendo que Deus ama o pecador. E pecadores somos todos, como diz o apóstolo Paulo em Romanos 3:23. Dependemos, sem exceção, do perdão, da misericórdia e da graça de Deus por meio de Jesus Cristo.
Apesar da repercussão sobre o culto do dia 2 de julho, preciso dizer que nenhum dos nossos fiéis interpretou o que eu disse da forma como a imprensa divulgou. Não há qualquer relato de agressão ou ameaça.
Não fiz nada além do que repetir o que está escrito na Bíblia. Ademais, minha pregação como pastor foi dirigida apenas a fiéis e está protegida pela liberdade de culto, seja no Brasil, seja nos Estados Unidos. Aproveitadores estão usando o episódio de maneira distorcida para destilar seu ódio contra cristãos.
Também jamais saiu da minha boca a expressão “e Deus deixou o trabalho sujo para nós”, que maldosamente inúmeras pessoas espalharam por aí. Essas responderão judicialmente. Basta assistir ao vídeo do culto para ver que essa frase nunca foi dita.
Ao me referir à história do dilúvio e de Noé, quis lembrar das consequências que o pecado pode ter sobre todos nós. “Porque o salário do pecado é a morte”, diz Romanos 6:23. Hoje, a morte é espiritual, é a separação completa de Deus. Cabe a nós cuidarmos para que nossos filhos não caiam em armadilhas que os distanciem de Deus.
Foi isso o que quis dizer por tomar as cordas de novo, “resetar a máquina” e recomeçar. Precisamos ser mais firmes no nosso ensinamento da fé e da Palavra. Mas sempre levando o Amor à frente de tudo.