CIRCUITO UNIVERSIDADE GRATUITA SANTA CATARINA MELHOR CHEGA A JOINVILLE

O governador Jorginho Mello participou nesta segunda-feira, 29, em Joinville, de mais uma rodada de encontros pelo estado, para detalhar o Programa Universidade Gratuita. A iniciativa do evento Circuito Universidade Gratuita Santa Catarina Melhor é da Acafe e foi realizada desta vez na Universidade da Região de Joinville (Univille). A vice-governadora Marilisa Boehm também acompanhou o encontro.

PODCAST DA FOLHA CONVERSA COM A PSICÓLOGA INFANTO-JUVENIL NILSA RHEINHEIMER

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Ela falou sobre o transtorno do espectro autista

A Psicóloga Dra. Nilsa Rheinheimer participou, no último dia 16 de abril, de um Podcast diferente na Folha do Estado, mediado pelo jornalista Elias Tenório, que abordou o tema: saúde.

Ela fez um relato completo e muito importante sobre os transtornos do Espectro Autista (TEA), um distúrbio caracterizado por manifestações comportamentais atípicas, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados etc.

Todos esses detalhes descritos foram abordados pela psicóloga. A importante entrevista ainda teve a participação de uma convidada especial, a odontóloga Carla Brambilla, que também discorreu sobre o assunto, ela que é mãe de autista.

O Autismo, como se sabe, é uma doença que começou a ser vista com mais atenção pelos órgãos governamentais brasileiros de saúde, que entenderam a necessidade de se fazer algo com mais profundidade para amenizar problemas desse tipo que afetam milhares de pessoas anualmente, atingidas pelo TEA. Porém, a Rede Pública de Saúde brasileira ainda precisa melhorar muito a fim de que possa atender de maneira mais adequada a essa população. Especialmente as secretarias municipais de Saúde, que devem se ater, com maior profundidade, para não deixar ninguém sem esse tipo de atendimento e de outros atendimentos.

A psicóloga Nilsa Rheinheimer falou da importância de estarmos sempre atentos aos problemas de diversidade, de atenção e respeito para com o próximo, especialmente neste mês onde temos o “Abril Azul”, cujo objetivo é envolver toda a comunidade nas causas que incluem tais distúrbios e condições do TEA, a fim de buscarmos uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva. Ela destacou que essa causa de suma importância é celebrada anualmente no dia 02 de abril, considerado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

MÃE DE AUTISTA CONTA EXPERIÊNCIA

Por sua vez, Carla Brambilla (que é mãe de autista) agradeceu o convite para participar da entrevista e salientou a importância de que haja canais de comunicação que dêem a oportunidade para que temas como esses sejam divulgados à população, para que todos possam conhecer e se inteirar das dificuldades e dos cuidados que se deve ter para cuidar dos autistas, para que eles também possam se desenvolver normalmente e se tornem pessoas úteis em todos os setores da sociedade.

Carla, que é mãe de duas crianças, uma menina de 8 e um menino, que está agora com 5 anos, contou as experiências que teve. Ela disse que quando Gael (o filho) tinha oito meses notou que ele apresentava alguma situação alterada, mas que a principio ela não entendeu. Que só quando ele completou um ano e três meses, descobriu que na verdade o transtorno que o garoto apresentava era um princípio de autismo. Carla disse que a princípio e por preocupação, levou Gael a alguns médicos, mas que todos lhe disseram que não, que aquilo poderia ser coisa da idade etc. e tal. Até seu sogro, que também é médico, lhe disse a mesma coisa. Afinal, ninguém diagnosticou que o menino era autista. Mas a mãe, sempre preocupada, comparava o que fazia Manu, a filha, quando tinha a mesma idade, com o que vinha fazendo Gael. Ela disse que começou notar que o menino aprendia uma coisa hoje, e no dia seguinte já não lembrava mais. E foi nesses pequenos detalhes que acabou descobrindo que seu filho tinha o espectro autista. “A partir da descoberta começamos o processo de terapia”, disse a mãe Carla Brambilla.

EXPLICAÇÕES DA PSICÓLOGA

A Dra. Nilsa enfatizou que apesar de já estar familiarizada com problemas dessa natureza, vem acompanhando as novas pesquisas que surgem sobre o TEA, as novidades que vão aparecendo sobre o tema etc., para poder diagnosticar mais precocemente se a criança tem ou não tem autismo.

No entanto, ela diz que há uma diferença muito grande sobre o que se sabe hoje sobre o autismo, e o que se sabia antes. Que a frase que se ouve por aí, de que “cada criança tem seu tempo”, muitas vezes acaba levando as famílias a demorar demais para procurar um especialista no assunto, fato que acaba atrapalhando na formação e no desenvolvimento dessa criança. A psicóloga disse, porém, que isso vem sendo quebrado por quem é da área. Explica que se a criança ainda estiver numa idade que seja possível um tratamento precoce mais aprofundado, que venha melhorar o seu desenvolvimento ao longo do tempo, melhor, agora se já tem uma idade em que deveria estar falando e não está, que deveria estar engatinhando e não está, então é chegada a hora de os pais ficarem atentos porque alguma coisa não está funcionando como devia.

A doutora salientou que hoje, com muito mais informações, pesquisas e outros detalhes sobre o problema, e também com um número maior de profissionais da área buscando aperfeiçoamento sobre o autismo, está se chegando a melhores diagnósticos.

“O transtorno do espectro autista é heterogêneo”, disse a psicóloga. Há um mundo em volta dele. Ela diz que ainda hoje há muitos que duvidam do autismo (O Autismo Infantil foi definido por Kanner, no ano de 1943. Inicialmente era chamado: Distúrbio Autístico do Contato Afetivo, como uma condição com características comportamentais bastante específicas, tais como: perturbação das relações afetivas, solidão autística extrema, inabilidade no uso da linguagem etc.), mas que isso hoje já está bem definido nos níveis 1, 2 e 3. Todo o autista tem bastante dificuldade, especialmente na interação, na comunicação social, na linguagem e nos comportamentos repetitivos, que são os itens mais observados pelos profissionais da área.

ATENÇÃO: Para ouvir este Podcast na íntegra, você deve acessar este link: https://youtube.com/live/ZIQyDYJpFCY?feature=share

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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