Insegurança ou falta de confiança?
Por L. Pimentel
Com certeza o prefeito Fabrício Oliveira está seguindo à risca o seu chefe (capo) no âmbito nacional, ao determinar censura aos secretários municipais quando falarem com a imprensa.
Dia desses Fabrício produziu mais uma “pérola”, uma verdadeira novidade entre todos os administradores municipais brasileiros. Daqui pra frente, secretários e diretores da Prefeitura não podem mais dar declarações à imprensa sem que antes peçam a benção de Rafael da Luz, o Assessor de Comunicação do Município.
Apenas para citar, esse assessor “Da Luz” é hierarquicamente inferior aos secretários, possui pouco ou quase nenhum conhecimento sobre as coisas de Balneário Camboriú e, segundo comentários de vários amigos da imprensa local e regional, o relacionamento dele com os profissionais da mídia é muito pequeno, quase nulo.
A intenção do prefeito Fabrício é, naturalmente, que seu homem de “confiança” dentro da Prefeitura, ouça o que o secretariado tem a dizer e, como “Maria vai com as outras” leve o resultado até a mesa do prefeito para uma análise preliminar. A adoção dessa “censura prévia” poderá vir a ser um verdadeiro “Tiro no Próprio Pé” disparado por Fabrício, que dá toda a pinta de que não confia em boa parte de seu pessoal. Daí a necessidade de saber o que eles podem ou não dizer à imprensa local, regional e até estadual. Esse tipo de censura é extremamente nocivo, porque impõe um “padrão de verdade” sobre o que acontece na administração pública, que nada tem a ver com a realidade dos fatos, mas sim com os desejos e a vontade de um prefeito deveras arrogante, demonstrando com isso toda a sua “inseguridade”.
Como todos se recordam, há alguns dias Fabrício Oliveira havia indicado para concorrer à sua sucessão, um jornalista praticamente desconhecido do mundo político (Peeter Lee Grando), que era ou ainda é seu sócio. Peeter é um bom sujeito, mas segundo fontes ligadas a administração municipal balnear, não tem nenhuma experiência na área administrativa para comandar um município de tamanha importância no cenário catarinense e brasiuleiro, caso viesse a ser eleito. Até agora não se sabe se Fabrício o indicou por algum motivo específico, ou como se diz na gíria, para ser “um poste”, que acende e apaga a seu bel prazer (a dick ordered). Vai saber o que se passa na cabecinha do atual prefeito. Talvez Fabrício Oliveira esteja preocupado mesmo é com outra coisa, como por exemplo: “saber se de fato o deputado Carlos Humberto vai ou não manter sua pré-candidatura e levá-la à apreciação dos membros do diretório de seu partido nas Convenções Municipais”.Há comentários que Fabrício teria “comprado” os partidos União Brasil e o MDB, então porque não investiria em mais alguém que estivesse atravancando seu caminho? E lembrar, caro prefeito, de quem te conheceu na noite, gerenciando o Baturité! E hoje, é Dubai pra cá, Dubai pra lá… Mas afinal, vocês que são brancos que se entendam! O povo? Ah! O povo, esse que se lasque… to nem aí!
Por L. Pimentel – Jornalista
