A fala do presidente Jair Bolsonaro viralizou nas redes sociais, o trecho do dito, “pintou um clima” reacendeu o debate sobre um dos crimes mais horripilantes da fase contemporânea do mundo pós-moderno e da legislação sofisticada, instrumentalizadas nos países ocidentais, onde as leis passaram a punir com penas pesadas e de reclusão autores de crimes sexuais contra criança.
A exploração sexual infantil é tão visceral no Brasil que passa despercebidos aos olhos das nossas autoridades, ele está presente nas ruas, nos lares, ditos por ser “familiares” nas escolas de costumes, nas políticas de “partidos” e nas igrejas de todos os credos, é latente e perturbadora a exploração, aliciamento e estupros vem sendo potencializadas e evidenciados cada vez mais com o advento redes sociais (fórum de discussão aberta, permitem a denúncia, as críticas e exigem o posicionamento do Estado).
Os números revelam o grau de violência, no Brasil, mais de mil crianças são abusadas por dia, somos o segundo país no ranking da exploração sexual infantil no mundo, são mais de 500 mil vítimas por ano. A pouco dias uma criança de 11 anos, vítima de um estupro sofreu um aborto judicial em Santa Catarina. Esses são dados que revela o quanto nossa cultura é retrógada em todos os aspectos, visto que 4 meninas entre 10 à 13 são estupradas por hora no Brasil.
Em Itapema/SC, cidade rica e conservadora os números de casos afloram a cada dia, recentemente um caso abalou a sociedade local quando dezenas de crianças foram vítimas de abusos sexuais cometidos por um diretor de uma escolinha particular. (O caso foi investigado, o acusado, preso e condenado há 18 anos de prisão)
As vítimas mais vulneráveis são meninas e meninos entre 5 e 8 anos, período em que desconhecem por completo o desejo sexual, nesta fase é o período mais crítico da criança, o da inocência, são vitimados por ameaças, por algum bônus, favores e por fim dinheiro. Não falarmos deste tema é negarmos a existência de um fato concreto e em curso diuturnamente* prática de cultural criminosa que deve ser atacado com todas as forças e poderes para legitimar políticas públicas eficazes no combate ao abuso e exploração sexual infantil, com penas pesadas e repercussões pedagógicas importantes, sobretudo, alterar o status de que a menino ou menino são culpados por atraírem criminosos sexuais, para condição plena de vítima indefesa e de reparação e proteção, de proteção plena dos direitos da vítima a ser assegurado e indenizado pelo Estado.
Quem leu a Teoria do Estado, leu os clássicos do Direito da Criança, tem uma noção de fundo do (ECA) e do Artigo 5°CF, da Declaração Universal dos Direitos Humanos e das doutrinas seculares da base fundamental para fazer uma nação grande e soberana.
Sabem perfeitamente que um Estado Nação ou cidade Estado que não garantem a segurança plena das suas crianças não podem ser emancipados como nação soberana, posto que o maior patrimônio de uma sociedade são suas crianças, delas, educadamente dentro dos padrões de justiça e cidadania, nascem os candidatos a elevar e graduar de estágios, tijolos que são postos na escalada que tornam uma nação com status de selvagens para primitiva e de civilizada contemporânea para cidadãos de pátria cosmicamente evoluída.
Já desta parte final os autores dos crimes contra os anjos crianças não consegue interpretar, desta feita, resta aos contemporâneos civilizados lutarem por justiça a ser feita.
