PRÉ-CANDIDATOS CONTINUAM SENDO ENTREVISTADOS PELO PORTAL FOLHA DO ESTADO

Nesta quinta-feira (25), sob o comando do jornalista Elias Tenório, quem participou do nosso Podcast foi o pré-candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), senhor Hélio Basqueira que falou de seus propósitos para

CASO 406H: CANGACEIROS AMEAÇAM DE MORTE, ENCENDEIAM CARROS EM ATAQUES CRIMINOSOS EM ITAPEMA

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Terceira parte: Os jovens João e Rodrigo – moradores da invasão da 406H, onde jagunços e cangaceiros fizeram uma verdadeira operação de guerra na madrugada dia 04,- também contaram suas histórias no Podcast da Folha comandado por José Avelino Santana e Elias Tenório.

O primeiro a relatar os fatos que presenciou foi o jovem João. Ele contou que por volta da meia noite e 15 minutos, quando já estavam se deitando para dormir, escutaram barulho de gritos e tiros e logo em seguida muitas ameaças e palavrões proferidos pelos jagunços, que entre outras coisas diziam: “isso aqui vai virar um inferno”.

Contou também que logo em seguida começaram bater com um facão ao lado do seu barraco e deram 20 minutos para que as crianças fossem retiradas senão iam morrer todo mundo. “Logo em seguida nós corremos, uma viatura chegou ao local, mas não dava pra ver de quem era (possivelmente da guarda ou da polícia), apenas se ouvia a sirene que logo depois foi desligada. A viatura fez uma ronda pelo local, e logo que saíram o fogo começou”.

José Santana quis saber se eles (os elementos que estavam na viatura) teriam apresentado algum documento, alguma ordem judicial para desocupação… no que João respondeu: “ninguém apresentou nada”.

O jovem João, respondendo pergunta dos entrevistadores, disse que veio de Alagoas para tentar a sorte aqui no Sul, que já está por aqui tem dois anos. Disse que trabalha com carteira assinada, pois assim que passou à maioridade (18 anos) fez sua carteira de trabalho, e que está empregado e com documentação em dia.

O JOVEM RODRIGO TAMBÉM SE MANIFESTOU

O jovem Rodrigo, que veio de Umuarama (PR) quando ainda tinha 17 anos, veio em busca de trabalho, disse que ainda estava muito traumatizado pelos recentes acontecimentos ocorridos na invasão, praticados por homens armados fora-da-lei. Ele também contou que assim que completou a maioridade providenciou os documentos necessários e hoje está empregado, carteira assinada, trabalhando como ajudante de pintura.

Rodrigo relata que no final da semana passada uma guarnição de policias chegou, inclusive a guarda municipal, pediram para que saíssem do barraco, ameaçando a todos, e coagindo verbal e até fisicamente. “Eles botaram a arma na minha cara querendo saber o que eu fazia ali, insinuando, talvez, que houvesse coisas ilícitas no local. Meus familiares sabem onde estou, não tenho ficha criminal, eu vim de um lugar sofrido para tentar algo melhor por aqui. Mais adiante pediram para que eu desbloqueasse meu celular, mexeram no aparelho, ficaram com ele um bom tempo, até que me devolveram. Não sem antes me ameaçar de morte, dizendo que já me conhecia. Me chamou de ‘Alemãozinho’, mas eu não estou envolvido com o crime”.

Na sequência, José perguntou: “como você foi parar naquele local?”

Rodrigo conta que foi para lá pela necessidade, porque hoje no País a vida do pobre está muito difícil, os aluguéis pela hora da morte, e quem não tem condições de bancar, tem que se sujeitar a coisas como essas, isto é, morar numa invasão. “Quando ganhamos R$ 2 mil, R$ 1.500, tendo que pagar R$ 600 de água e mais um tando de luz, como fazer para sobreviver?”, exclama o jovem.

A partir dessas explicações, o jornalista Elias Tenório lembra que, com todas essas dificuldades, ao invés de partirem para o crime, os jovens optaram pela vida honesta, trabalhando e ganhando seu dinheiro pra se sustentar. Mas, argumenta, como o que ganham não dá para todas as despesas, vem a necessidade de morarem nas condições precárias que vinham morando, uma condição bem sobre-humanas, precária mesmo, pra não entrarem para o crime.

A partir das explicações dos jovens, um deles inclusive com os estudos médios completos, José também aproveitou para perguntar aos empresários de Itapema: “algum de vocês teria a capacidade de oferecer a oportunidade para que esse jovem pudesse vir a continuar seus estudos, dando-lhe quem sabe, uma bolsa estudante em alguma instituição de ensino da cidade? Caso haja, pode entrar em contato com a Folha do Estado que daremos encaminhamento ao caso. Isso abriria o ciclo social. Somente assim poderíamos dar oportunidade a essas pessoas”.

Podcast: caso da Rua 406 H em Itapema: Relatos de crime de xenofobia, terrorismo e violação da dignidade humana por parte do Estado SC e do município, veja todos os detalhes das denúncias via link:

 

CANGACEIROS ATEIAM FOGO EM CARROS EM INVASÃO

Na madrugada do dia, 10, cangaceiros tentaram incendiar uma moradia com toda a família em seu interior, com idosos, crianças e uma deficiente física. A denunciante contou todos os detalhes do terrorismo em entrevista ao Podcast, narrou sua situação cultural e econômica, que trabalha e que teve poliomielite em 1974, desde então, teve suas pernas acometidas pela doença.

Mariel, contou todo o seu sofrimento, que é beneficiária de Programa Social, desde que ficou inabilitada para o trabalho devido a Pólio. Mas que mesmo assim, faz trabalhos extras para complementar na renda da família, sabe que é crime invadir áreas, que não tem outra saída, não existe programa de habitação na cidade ou qualquer programa de financiamento que a contemple, justificou.

Contudo, explicou que sua renda não dá o suficiente para pagar aluguel, água, alimentação e remédios, por isso partiu para a invasão, é precário e estamos abandonados a sorte e a morte e a este tipo de humilhação, ter que viver numa invasão, condição subumana, lamentou.

“Conta que os cangaceiros invadiram a sua moradia em dupla, na fatídica madrugada do dia 10, com a intenção de atentar fogo na sua casa, quando eles perceberam a movimentação saíram as pressas e atearam fogo no veiculo Ford Ka, a tragédia não foi a pior por que estávamos acordadas, seriamos todos mortos pelo incêndio, este era o proposito dos cangaceiros” declarou. 

Perguntada, o que espera, não respondeu e chorou copiosamente a frente dos editores. Após tomar um copo d’água, se recompôs, e ainda pediu desculpas pelas emoções, e teme por sua vida e de seus familiares, conclamou.

O carro eu usava para o meu transporte e da família, explicou em detalhes que o fogo queimou seu único patrimônio, que ainda deve umas prestações, assistiu o incendeio consumir e se estender para um outro veículos, queimando ambos, denunciou.

Segundo a denunciante, populares acionaram o Corpo de Bombeiro, que em conversa, comunicou-a que se tratava de um incêndio proposital sem apontar a causa, mas que seria sim passivo de investigação da polícia que era para abrir um registro na Delegacia de Polícia, foi o que fizemos, conclui.

O MUNDO CÃO AINDA SOBREVIVE…

Esta é apenas uma pequena parte da história de truculência que, infelizmente, pela maldade e ganância de gente endinheirada, ainda se repete em várias partes do País. Por isso, eu que escrevo essas ‘histórias’ produzidas por eles, quero saudar a coragem e a determinação dos meus amigos jornalistas José Avelino Santana e Elias Tenório, cuja audácia marcará para sempre essa história de lutas que ficará gravada nos anais de cidade de Itapema. Congratulações amigo!

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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