PORTO BELO REALIZA AÇÃO EM ALUSÃO AO MAIO AMARELO

Com o objetivo de conscientizar a população sobre o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo, uma Blitz Informativa foi realizada na manhã desta sexta-feira (17), no Centro de Porto Belo.

BOSTON: ALUNOS PRÓ-PALESTINA CULPAM ISRAEL POR ATAQUES DO HAMAS

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CEOs DE EMPRESAS QUEREM OS NOMES DELES

A presidente de Harvard, Claudine Gay, emitiu uma declaração condenando ‘as atrocidades terroristas perpetradas pelo Hamas’ como ‘abomináveis’ — Foto: Billy Hickey/New York Times. Uma carta foi assinada por mais de 30 grupos de estudantes de Harvard depois que o mundo acordou com imagens de um ataque em massa do Hamas contra civis em Israel, incluindo centenas de jovens num festival de música. Os “eventos não ocorreram no vácuo”, escreveram os alunos, atribuindo a responsabilidade pela violência a Israel.
À medida em que a notícia da carta se espalhou, aumentaram as reações dos colegas. As redes sociais de ex-alunos e a página inicial do tradicional jornal dos estudantes Harvard Crimson foram tomadas pela controvérsia que atraia pessoas como o investidor Bill Ackman e o ex-presidente da universidade e ex-Secretário do Tesouro no governo de Bill Clinton, Larry Summers.
Summers disse nas redes sociais que ficou “enojado” com o “fracasso” de Harvard em condenar os “ataques terroristas” do Hamas e comparou a “omissão” com a reação de Harvard à invasão da Ucrânia pela Rússia e à morte de George Floyd nas mãos de a polícia, um dos catalisadores do movimento Black Lives Matter.
Horas mais tarde, a atual presidente de Harvard, Claudine Gay, e outras estrelas de uma das mais prestigiadas universidades americanas emitiram uma carta intitulada “Guerra no Oriente Médio”. O documento fala da “morte e destruição desencadeada pelo ataque do Hamas, que teve como alvo cidadãos israelenses no último fim de semana, e pela guerra entre Israel e Gaza agora em curso”, mas não mencionou as opiniões dos estudantes.

NEM HARVARD SABE O CERTO O QUE FALAR SOBRE O CONFLITO

Jason Furman, professor da Escola Kennedy, uma das mais celebradas de Harvard, que foi um dos principais conselheiros econômicos no governo de Barack Obama, escreveu no X (ex-Twitter) que se sentiu “compelido a falar abertamente (sobre a polêmica)”.
As tensões em torno das opiniões sobre Israel e Palestina têm aumentado nos campi dos EUA, notadamente nas coroadas universidades de Yale, da Pensilvânia e da Califórnia, em Berkeley. A Liga Anti-Difamação, ONG judaica internacional sediada no país, denunciou que um “segmento estridente “de estudantes e professores americanos “com opiniões anti-Israel e antissionistas” tem aumentado expressivamente. Já os críticos de Israel argumentam que o ativismo aumentou devido às ações de um governo mais linha-dura e ao tratamento dispensado aos palestinos.
As universidades americanas têm debatido sobre como preservar o direito à liberdade de expressão e à liberdade acadêmica em meio os apelos a uma maior supervisão e reflexão sobre a linguagem usada e as ações de estudantes, professores e administradores.

CONFLITO EM ISRAEL:

Alguns estudantes de Berkeley defenderam abertamente o apoio aos ataques terroristas do Hamas e o reitor da Faculdade de Direito, Erwin Chemerinsky, afirmou que eles têm o direito de expressar a sua opinião. “Por mais que deteste aqueles que defendem o que o Hamas fez, também apoio o direito à liberdade de expressão para o fazer”, disse Chemerinsky, coautor de “Free Speech on Campus”. “É uma situação muito difícil. As emoções estão elevadas”.

CRÍTICAS A ISRAEL NÃO PODEM SIGNIFICAR APOIO AO TERRORISMO, DIZ SAMMERS

Na Universidade de Nova York (NYU), o reitor da Faculdade de Direito, Troy McKenzie, emitiu um comunicado afirmando que uma mensagem do presidente da Ordem dos Advogados Estudantis – que também culpou Israel pelo conflito – não reflete a posição da NYU sobre o conflito. “E certamente não expressa os meus próprios pontos de vista, pois condeno o assassinato de civis e os atos de terrorismo, sempre repreensíveis”, disse McKenzie.
O escritório de advocacia Winston & Strawn, especializado por Direito Internacional, rescindiu uma oferta de emprego a um estudante após saber de seus “comentários inflamatórios”.
Summers, que além de professor da Universidade de Harvard é colaborador da Bloomberg TV, diz que não há nada de errado em criticar a política israelense, mas que isso é “muito diferente da falta de clareza em relação ao terrorismo”.
Um grupo de organizações ligadas à Universidade de Harvard, incluindo Hillel – o centro judaico da escola – e o Ice Hockey Club, assinaram uma petição instando a universidade a denunciar as ações do Hamas. Na terça-feira, contava com mais de 3.000 assinaturas. A presidente de Harvard, Claudine Gay, divulgou outra declaração no mesmo dia, na qual denunciou explicitamente o ataque e citou a carta dos estudantes.
“À medida que os acontecimentos dos últimos dias continuam a repercutir, não há dúvidas de que condeno as atrocidades terroristas perpetradas pelo Hamas”, disse Claudine. “Tal desumanidade é abominável, quaisquer que sejam as opiniões individuais sobre as origens dos conflitos de longa data na região”. “Permitam-me também afirmar que, embora nossos estudantes tenham o direito de falar por si próprios, nenhum grupo estudantil fala pela Universidade de Harvard ou por seu comando”, disse ela.

HÁ QUEM DEFENDA QUE HARVARD VÁ MAIS LONGE

Bill Ackman – ele mesmo um ex-aluno de Harvard – escreveu em uma postagem no X que lhe perguntaram se a universidade divulgaria uma lista com os nomes dos que assinaram a carta para que os empregadores possam evitar contratá-los. “Não se deveria poder esconder atrás de um escudo corporativo ao emitir declarações de apoio às ações de terroristas”, disse.
Summers, no entanto, opôs-se a isso numa entrevista nesta quarta-feira na Bloomberg Television, dizendo que Ackman estava “exagerando um pouco”. Pedir listas de nomes é “coisa de Joe McCarthy”, disse ele, se referindo ao macarthismo, a caça às bruxas contra esquerdistas liderada pelo senador ultra-conservador durante a Guerra Fria.
Em Harvard, alguns estudantes “podem ter agido precipitadamente ou não compreenderam totalmente o que estavam assinando”, disse Summers. Ele acolheu favoravelmente os últimos comentários de Claudine Gay e disse: “Temos que manter a temperatura baixa”.
O jornal Harvard Crimson, dos estudantes, informou que, na noite da última terça-feira, pelo menos cinco dos 34 grupos originais que assinaram a controversa carta retiraram o seu apoio à mesma.

PROTESTOS EM OUTRAS UNIVERSIDADES

Enquanto Harvard enfrentava duras críticas de políticos, acadêmicos e grupos judaicos, outras universidades começavam a viver a realidade dos protestos causados pela polêmica. Na noite da última segunda-feira, uma vigília foi organizada por estudantes pró-Israel na Universidade da Flórida. No dia seguinte, na Universidade do Estado da Califórnia, em Long Beach, um grupo de estudantes realizou um protesto pró-Palestina. E a organização estudantil Bears for Palestine, em Berkely, organizou uma vigília no campus para “lamentar o assassinato de nossos mártires na Palestina”.
Com várias declarações semelhantes de grupos de estudantes pró-Palestina, vários presidentes de universidades emitiram notas país afora que colocam a culpa pelo conflito firmemente no Hamas. No sábado, Ron Liebowitz, presidente da Universidade Brandeis, uma das mais importantes na área de Humanas no Massachusetts, soltou declaração condenando “o terrorismo, como o que vimos hoje, perpetrado contra civis inocentes”.
E uma declaração na última terça-feira da NYU condenou o “assassinato indiscriminado de civis” como “repreensível” mas reconheceu que a violência “provavelmente intensificará os sentimentos daqueles que, em nosso campus, têm opiniões fortes sobre o conflito”.

Fotos mostram cenas de Jerusalém nestes tempos de guerra.

Por O Globo e agências internacionais — Boston
(Com NYT e Bloomberg)

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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