Mudanças para cesáreas avançam discussão sobre parto humanizado

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260615_Parto Humanizado - Mesa Redonda_YS (28) (1)Nesta semana a portaria do Ministério da Saúde que altera as regras para a realização de cesáreas entrou em vigor. A intenção com as novas medidas é reduzir os altos números desses procedimentos no país. Para especialistas as mudanças são um passo na humanização do parto.
 
“As brasileiras chegam ao consultório para a primeira avaliação da gestação sem informações, por isso acabam optando pela cesárea. É preciso que elas saibam que o parto normal não é sinônimo de sofrimento, ao contrário, pode ser extremamente prazeroso, além de ser mais seguro”, destaca a enfermeira obstétrica, deputada estadual Ana Paula Lima (PT/SC). A parlamentar, que é presidente da Comissão de Saúde, promoveu o I Congresso Nacional do Parto Humanizado, em Florianópolis, reunindo profissionais de todo o país em torno de procedimentos mais adequados nos nascimentos.
 
Durante o evento os congressistas lançaram a Carta de Florianópolis sobre o Parto Humanizado. O documento destacou as prioridades para assegurar a qualidade da assistência à saúde materno-infantil e a necessidade de respeito à decisão da mulher. “Muito foi discutido para elencar as principais necessidades na humanização do parto. Nesse sentido, a nova portaria do Ministério da Saúde é extremamente relevante, pois busca disciplinar a marcação de cesáreas. Esse é um passo importante. Precisamos ainda avançar e a informação é a chave dessa mudança. É preciso conscientizar as mulheres sobre os benefícios do parto normal”, conclui Ana Paula Lima.
 
A partir de agora os planos de saúde terão de justificar a decisão por cesáreas. Além de entregar para as futuras mães um Cartão Gestante, com o acompanhamento durante os nove meses, eles também devem preencher um relatório completo sobre o parto. A partir de agora as mulheres podem exigir as taxas de cesáreas de cada instituição. Atualmente o Brasil é campeão mundial no número de cesáreas, chegando a 84% na rede complementar e 40% na pública. A realização destas intervenções cirúrgicas durante o nascimento triplica o risco de morte da parturiente e aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios nos bebês.
Redação
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